De março de 2017 a março de 2022, o real perdeu 31,32% de seu valor e poder de compra. Dito de outra forma (e na prática): o mesmo produto ou serviço que, há cinco anos, custava R$ 50 hoje sairia por R$ 65,49. Nesta reportagem, mostramos como essa diferença vai aumentando conforme recuamos no tempo: em 2013, por exemplo, os R$ 50 de hoje equivaliam a R$ 85,99. Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que o brasileiro parece "sentir mais" o peso da inflação por duas razões:
ela afeta os produtos e serviços mais consumidos no dia a dia (gasolina, gás, comida);
e o salário teve poucos reajustes no período, sobretudo por causa da pandemia.
Além disso, crise hídrica e fenômenos climáticos enfrentados em 2021 – que alongaram períodos de secas e cheias – afetaram a produção de alimentos e energia elétrica. E o "aperto monetário" (com aumento da taxa de juros) não está sendo suficiente para reduzir a inflação.